segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bikes pra todo lado...Por Soninha

É que nem aquele comercial de cartão de crédito: quando você está grávida (ou grávido), vê grávidas, bebês, carrinhos de bebê e revistas sobre bebês por toda parte. Quando está esperando alguém que vai chegar em um carro vermelho, se espanta: como tem carro vermelho nesse mundo!

Eu agora olho para todo lado e só vejo ciclistas. Entregando pizzas, galões de água, material de escritório. Jovens e velhos, moças e moços, passeando e praticando esporte, indo ao trabalho e à escola. Não sei se tem cada vez mais ciclista ou se eles são o meu “carro vermelho”, em que eu nunca tinha reparado tanto.

A minha bicicleta faz o maior sucesso. Um monte de gente já veio me perguntar quanto é, onde compra. Pena que é importada... Ela é engraçada, provoca mais simpatia do que hostilidade (muitos odeiam bicicleta no trânsito). Tem as rodas pequenas e o banco e o guidão bem altos; todo mundo repara e sorri. Sem ilusões: o fato de eu ser menina e não menino também ajuda.

Exclusão, de verdade, ocorreu há 23 anos, por Capelli

Um caso de exclusão de verdade de uma equipe do Mundial de Fórmula 1 por atitudes antidesportivas, sem pegadinhas do Mallandro, aconteceu em 1984. A escuderia em questão foi a tradicional Tyrrell, que foi acusada de colocar uma mistura de combustível e aditivos nos tanques de água dos seus carros.

Depois de alguns recursos, a equipe chegou a disputar três provas sem poder marcar pontos (Alemanha, Áustria e Holanda), mas foi definitivamente excluída da temporada no julgamento do recurso final.

Obituário

O jogador Mauro, MAURO RAMOS DE OLIVEIRA nascido em 30 de agosto de 1930, Poços de Caldas, Minas Gerais e falecido 18/09/2002, há cinco anos, também em Poços de Caldas, Minas Gerais por Câncer no estômago (internado desde 02 de setembro).

Foi jogador de futebol, zagueiro.
Destaca-se no SANTOS/SP (1960-1967): 354 jogos sem gols;
SÃO PAULO/SP (444 jogos); 30 jogos
7 pela Seleção, participa das Copas de 1950, 1954, 1958 e 1962 (capitão do Bi).


Jimi Hendrix, JOHNNY ALLEN HENDRIX, nascido em 1942, Seatle, Washington, Estados Unidos, falecimento em 1970, há 37 anos, em Londres, Inglaterra, por "overdose" de barbitúricos.

Músico (guitarrista), cantor e compositor de "rock";
primeira gravação: single "Hey Joe" e "Stone Free" (1966) com o THE JIMI HENDRIX EXPERIENCE;
tido como o reinventor da guitarra elétrica.

Abaixo, uma rara homenagem, num vídeo raro...

EM BUSCA DO LORENA

O Lorena é um dos primeiros esportivos foras-de-série nacionais. Apenas vinte e dois carros produzidos, mas suficientes para deixar uma marca e saudades. O modelo virou um cobiçado troféu entre os apaixonados por automóveis antigos.

O guitarrista dos Mutantes, Sérgio Dias, teve um Lorena na década de 70. Trinta anos depois o músico tenta encontrar o carro, companheiro na juventude. Na busca pelas informações do antigo Lorena vale tudo: desde garimpar nos ferros-velhos em busca de carros desmontados conhecer, os que foram modificados e até rodar num modelo original.

Nessa peregrinação, Sérgio conheceu outros apaixonados pelo esportivo. Ao que tudo indica a brincadeira está só no começo.

Clique na foto para assistir a matéria.

Você acha que seu marido está tendo um caso? Por Brad Stone

O antigo problema das separações teve uma reviravolta decididamente orwelliana. As evidências digitais, como mensagens de e-mail, visitas a sites da Web e registros de telefone celular, hoje permeiam muitos casos de divórcio contenciosos.

Amante aflito rouba o BlackBerry da companheira. Esposa desconfiada entra nas contas de e-mail do marido. A parte traída do casal instala software de espionagem no PC da família, algumas vezes descobrindo infidelidades chocantes.

Os advogados já têm como rotina tentar descobrir todos os dados privados dos adversários de seus clientes, freqüentemente contratando investigadores com instrumentos digitais forenses sofisticados para invadir os computadores da família.

"Em quase todos os casos hoje, em certa medida, há alguma evidência eletrônica", disse Gaetano Ferro, presidente da Academia Americana de Advogados Matrimoniais, que também dá seminários sobre a coleta de dados eletrônicos. "Mudou completamente nosso campo".

Defensores do direito à privacidade estão cada vez mais preocupados que os instrumentos digitais estão dando aos governos e corporações poderosas uma capacidade de invadir a vida das pessoas sem precedentes. No entanto, os verdadeiros xeretas, freqüentemente estão muito mais perto de casa.

"O Google e o Yahoo talvez saibam tudo (sobre você), mas de fato não ligam para você", disse Jacalyn F. Barnett, advogada de divórcios de Manhattan. "Ninguém se importa mais sobre as coisas que você faz do que a pessoa com quem você foi casado".

A maior parte dessas histórias não termina amigavelmente. No início deste ano, um consultor de tecnologia de Filadélfia, que não quis que seu nome fosse usado porque tem um filho adolescente, suspeitou fortemente que sua mulher estava tendo um caso. Em vez de confrontá-la, ele instalou um programa de US$ 49 (em torno de R$ 100), chamado PC Pandora, no computador dela, um laptop que ele havia comprado.

O programa gravou secretamente imagens de sua tela a cada 15 segundos e enviou-as a ele. Logo, o marido obteve uma visão total dos sites que ela visitava e das mensagens instantâneas que enviava. Como o programa capturava suas senhas, o marido também pôde acessar e imprimir todas as mensagens de e-mail que sua mulher recebera e enviara durante um ano.

O que ele descobriu pôs fim ao casamento. Ela estava vendo outro homem há 11 meses, disse ele, o pai de um dos colegas do filho, da escola privada no subúrbio de Filadélfia. O marido disse que não só os dois organizavam encontros, mas também enviavam fotos explícitas pela Web e solicitavam sexo com outros casais.

O marido, que, como outros neste artigo, foi contatado por seu advogado, disse que sua decisão de invadir a privacidade da mulher não tinha sido fácil. "Se fosse dizer que tenho uma consciência pura sobre o que fiz, estaria mentindo", disse ele. Mas ele também lembrou que existem empresas que têm o direito de ler os e-mails dos funcionários. "Acho que um relacionamento como um casamento, que é emocional e também um negócio, pode ser visto da mesma forma", disse ele.

Ao pensar em invadir a privacidade do cônjuge, maridos e esposas citam um desejo avassalador de encontrar algum segredo escondido. Uma mulher descreveu que sentiu que seu marido, cirurgião em Manhattan, estava distante e muito obcecado com seu BlackBerry.

No dia do seu aniversário, ela preparou-lhe um banho de espuma e depois explorou o aparelho, enquanto ele estava na banheira. Em suas mensagens de e-mail, ela encontrou evidências que estava tendo um caso com uma residente de medicina, incluindo planos para se encontrarem naquela noite.

Poucas semanas depois, após o casal ter tentado se reconciliar, a mulher conseguiu entrar na conta da América Online do marido (ele tinha revelado sua senha a ela) e encontrou mensagens de uma empresa de hipoteca. Ele havia comprado um apartamento de US$ 3 milhões (cerca de R$ 6 milhões) em Manhattan, onde pretendia continuar seu caso.
"Toda vez que eu olhava as mensagens dele, ficava nervosa", disse a mulher. "Mas fiz de qualquer forma, porque queria saber a verdade".

Estar no outro lado da espionagem eletrônica pode ser particularmente perturbador. Jolene Barten-Bolender, mãe de três filhos com 45 anos que mora em Dix Hills, Nova York, disse que foi informada pela AOL e pelo Google no mesmo dia que suas senhas haviam sido mudadas em duas contas de e-mail que estava usando, sugerindo que alguém havia obtido acesso e estava lendo suas mensagens. No ano passado, ela descobriu um GPS, aparelho que registra a posição do carro, escondido na roda do carro da família.

Ela suspeitou de seu marido de 24 anos, de quem está se divorciando.

"Me dá nojo e me faz sentir totalmente violada", disse Barten-Bolender, especulando que ele estava tentando descobrir se ela estava saindo com alguém. "Quando você escreve alguma coisa, tem que saber que pode ser vista por alguém que queira te prejudicar".

O marido de Barten-Bolender e seu advogado não quiseram discutir suas alegações.

Advogados de divórcio dizem que seus arquivos estão lotados de casos como esses. Três quartos dos casos de Nancy Chemtob, advogada de divórcios em Manhattan, envolvem algum tipo de comunicação eletrônica. Ela diz que rotineiramente pede aos juizes ordens de apreensão e cópia dos discos rígidos dos computadores dos cônjuges de seus clientes, particularmente se houver a oportunidade de obter um retrato financeiro completo do casal, ou argumentos que verifiquem a capacidade de um dos cônjuges ser guardião dos filhos.

Os advogados precisam navegar por um cenário legal complexo, governando a admissibilidade desse tipo de evidência eletrônica. Leis diferentes definem quando é ilegal acessar informações guardadas em um computador doméstico, entrar na conta de e-mail de alguém ou ouvir ligações telefônicas.

Os advogados dizem, entretanto, que, se o computador em questão for compartilhado por toda a família ou os casais tiverem revelado as senhas para o outro, ler as mensagens de e-mail do outro e usá-las como evidências em um caso de divórcio freqüentemente é permitido.

James Mulvaney, investigador privado, dedica muito de seu tempo à análise dos registros de computador de cônjuges que se divorciam, para advogados de divórcio. Uma de suas especialidades é recuperar arquivos, como registros bancários e mensagens de e-mail para amantes secretos que um dos cônjuges tenha tentado apagar.

"Cada tecla no seu computador está lá, para toda a vida", disse Mulvaney.

Ele deu um conselho. "A única coisa que você pode usar para verdadeiramente apagar essas coisas é um produto especial da Smith & Wesson", disse ele. "Lance seu computador para cima e faça tiro ao alvo com ele".

Lynne Z. Gold-Bikin, advogada da Pensilvânia, descreve um cliente, um homem, que achava que sua mulher estava trocando correspondências secretas online. Ele encontrou mensagens de e-mail para um amante na Austrália que ela tinha enviado de uma conta privada da AOL no computador da família. Seu advogado depois questionou o uso dessa evidência no tribunal. O cliente de Gold-Bikin venceu a disputa e conseguiu um acordo vantajoso.

Advogados dizem que as únicas comunicações consistentemente protegidas em uma conta de email privada são as mensagens de e para os próprios advogados, que são cobertas pelo segredo privilegiado entre advogado e cliente.

Talvez por essa razão, os advogados de divórcio estão entre os mais pessimistas no que concerne o estado geral da privacidade na era digital.

"Não gosto de colocar dados em mensagens de e-mail", disse David Levy, advogado de Chicago. "Não há forma de ser privado. Nada é totalmente protegido quando você tecla a tecla enviar".

Chemtob acrescentou: "As pessoas têm uma expectativa de privacidade que é completamente irreal".


Tradução: Deborah Weinberg

Visite o site do The New York Times