sexta-feira, 25 de maio de 2007

perguntar não ofende e as vezes ficamos mudos

pendão da esperança
A cena foi captada pelas lentes do repórter Lula Marques.
Deu-se às 19h40 desta quarta-feira (24).
O auriverde símbolo desta terra em que já nem o sabiá se arrisca a cantar, com receio de que o pio seja captado pela escuta ambiental da PF, jaz, amarfanhado e esquecido, num canto ermo do Salão Nobre da Câmara.
Em pensar que Olavo Bilac um dia escreveu:
“Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da pátria nos traz”.

O pendão, é certo, continua lindo.
Mas a esperança, até ela, já nos foi roubada.
O símbolo, por mais augusto e nobre, já não consegue evocar senão a grandeza da vergonha.
Um sentimento penoso, que emerge das vísceras, expostas a golpes de navalha e humilhação.
Escrito por Josias de Souza


E a conquista da USP?
Juiz reitera ordem para desocupação e aplica multa a baderneiros
O juiz Edson Ferreira da Silva, da 13ª Vara da Fazenda Pública, negou o pedido feito pelo Sintusp, o sindicato de funcionários da USP, de extrema esquerda, para que fosse adiada a reintegração de posse da Reitoria.
A liminar proíbe atos ou protestos que impeçam as aulas e prevê multa diária de R$ 1.000 para a unidade que descumprir a determinação.
O pedido foi feito pela USP contra o Sintusp e se estende aos alunos.
Os estudantes anunciaram que vão recorrer.
Os baderneiros continuam programando novos atos.
O Sintusp marcou um protesto de alunos e professores, no Palácio dos Bandeirantes, para o próximo dia 29.
E os invasores? Dizem que vão resistir com flores de papel.
E gasolina — isso eles não dizem.


Esqueça a internet, senador!
Mais uma vez, o Brasil está atrás da China.
Enquanto lá o policiamento da internet já chegou a um estágio superior de censura, aqui estamos dando apenas os primeiros passos para ter tudo 100% patrulhado.
Mas o senador Eduardo Azeredo, do PSDB mineiro, já tem a fórmula pronta para tirar a web brazuca desse atraso: basta liberar os profissionais de segurança de TI para agir como vigilantes no ataque a hackers e transformar todos os provedores de acesso em informantes compulsórios da polícia.
Tudo sem pedir qualquer ordem judicial, é claro.
Afinal, quem vai querer lidar com essa chateação que é a Justiça?
Se é fraude em banco do crime organizado ou P2P de um adolescente, não importa: delação obrigatória, por lei.
O projeto do senador está para ser votado no Congresso.
Se for aprovado, muita gente de TI vai ganhar uma estrela de xerife.

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