sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Rotos e esfarrapados, por Nelson Motta

Quando atribuem aos adversários a invenção ou a repetição dos seus próprios crimes contra a democracia, petistas e tucanos se nivelam por baixo e, sem reconhecer os seus erros, tentam atribuir a nós, à cultura, à sociedade, ao jeitinho brasileiro, aos portugueses e até ao rigor da lei e dos cidadãos honrados, as suas quadrilhagens e a sua ética eleitoreira.

Assim como um petista fanático rebate automaticamente qualquer acusação de desvio do PT com a desqualificação do adversário como golpista ou "da direita", os piores tucanos silenciam ou se escondem quando confrontados com acusações.
É só uma questão de estilo.
O que os une é negar os fatos, achando que todo mundo está acreditando.
Pior para os fatos e para a democracia: eles são a maioria em seus partidos.

Os homens e mulheres de bem do PT e do PSDB deveriam se envergonhar e reagir a essa tática suicida na luta pelo poder a qualquer preço.
É tudo em nome da causa, da democracia, do povo, dizem eles, mas só enganam os otários e fanáticos, que são praticamente a mesma coisa.
Quanto mais acusam os adversários, mais se desmoralizam todos.

Se o senador João Capiberibe perdeu o mandato por dois votos comprados a R$ 26, o que dizer do valerioduto mineiro?
E do mensalão de Jefferson e Dirceu?
Um dos grandes clássicos do humor brasileiro é o inesquecível "Tavares", de Chico Anísio, um gigolô malandro e cínico que vive às custas de uma velhota rica e medonha.
No final do quadro, depois de um show de cinismo e de malandragem, ele se virava para a câmera e, chacoalhando o gelo no copo de uísque, confessava e desafiava:
"Sou..., mas quem não é?".

É esse o futuro político que as bandas podres do PT e do PSDB nos oferecem, democraticamente: lama para todos.

Clique na foto para ampliá-la.

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