segunda-feira, 1 de outubro de 2007

TCU encrenca afilhado

Indicado por Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-senador Sérgio Machado (PMDB-CE) preside a Transpetro, braço da Petrobras, desde 2003.
Gerencia um negócio bilionário.
Envolve a construção de 26 navios, ao preço de R$ 5,5 bilhões.
Relatório aprovado pelo TCU há 19 dias, em 12 de setembro, aponta “irregularidades” que resultaram em refresco financeiro para empresas privadas e risco de prejuízos à estatal.

Para o TCU, os malfeitos, por graves, poderiam até ensejar o cancelamento do negócio.
Mas os ministros do tribunal, normalmente complacentes, concluíram que “não é possível desconstituir os atos já praticados com o intuito de sanar tais irregularidades, dadas as enormes repercussões jurídicas, financeiras, econômicas e operacionais que medidas nesse sentido acarretariam.”

O TCU preferiu encaminhar à Transpetro uma série de recomendações.
Deu prazo de 60 dias para que sejam adotadas.
E decidiu manter a estatal sob auditoria até a entrega dos 26 navios.
O negócio integra PROMEF (Programa de Modernização e Expansão da Frota) da Petrobras.
Um de seus objetivos é o de estimular a modernização da indústria naval brasileira.

A coisa começou a andar em novembro de 2004, quando a Transpetro publicou edital convocando os estaleiros.
E desandou em julho de 2005, quando a diretoria da estatal, sob a presidência de Sérgio Machado, decidiu qualificar para a concorrência empresas que haviam sido desqualificadas pela comissão de licitação.
Deu-se o seguinte...

Escrito por Josias de Souza

Nenhum comentário: